sábado, 25 de fevereiro de 2012

NÃO DIZER ESQUIZOFRENIA

Não trabalhamos com o diagnóstico de esquizofrenia, exceto se houver  solicitação de relatório médico formal  por alguma entidade e/ou serviço de saúde.  Na clínica, contudo, melhor dizendo, na terapêutica e no prognóstico,  usamos o conceito de psicose submetido a critérios de operatividade existencial. Isto quer dizer: 1-pesquisa  da autonomia subjetiva e social; 2- capacidade de comunicação verbal; 3- capacidade de gerir a si mesmo; 4-capacidade laborativa;5-desempenho de papéis sociais; 6-nível de escolaridade;7-preservação das funções cognitivas; 8-capacidade de auto-crítica; 9-capacidade  de  crítica à realidade e ao mundo em geral; 10-atitude para com o uso de psicofármacos;11 - adesão ao tratamento; 12-relacionamento intra-familiar; 13-vida amorosa e sexual; 14-pesquisa do átomo social  e da rede sociométrica.  Outros critérios podem  surgir à medida em que o processo de tratamento avança. Esse conjunto de dados possibilitará um uso clínico favorável ao paciente, tanto nos casos de psicoses graves como nas que chamaríamos de leves. O termo esquizofrenia ficará  restrito às psicoses onde a maioria destes critérios  está comprometida. No entanto, para consumo "interno" e não para comunicar ao paciente.

Antonio Moura

Nenhum comentário:

Postar um comentário