domingo, 26 de agosto de 2012

PERSONALIDADES TRANSTORNADAS

(..) (...)As   linhas singulares estão fora das categorizações da  CID-10 ou de  outras classificações. Sob a ótica da diferença, o paciente é um mundo inexplorado e ainda não humanizado. Não há pureza nessa concepção.Trata-se de espreitá-lo tanto quanto se  conseguir escapar do clichê médico. Examinar o borderline é se pôr fora  das definições do que é ou não o limite,o corte,a fronteira entre a saúde e a doença, o anormal e o anormal,a potência e a impotência. Para isso ser possível, a experiência do contato com a loucura é essencial. Não é preciso ser louco ou ficar louco, mas sim entrar  num devir-loucura, tornar-se loucura  se o propósito é ajudar, acolher,criar.Tal disposição não costuma ser bem vinda nas organizações promotoras da fé numa racionalidade apaziguadora. Isso inclui a psiquiatria e suas    agências de apoio à promoção de uma felicidade quimicamente induzida.No entanto, entramos num terreno onde a química não resolve,e pior, oferece a sedação como  simulacro da morte. 
(...)
A.M. - do livro Trair a psiquiatria

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