sexta-feira, 31 de agosto de 2012

TEATRO DA CRUELDADE


Todo o trabalho do ator repousa sobre uma hipótese que, seja ou não correta, é sempre verificável: a de que a alma é fisiologicamente "um novelo de vibrações" (A.Artaud). Essa hipótese permite ao ator tomar seu corpo como espaço material onde essas forças se desdobram e se produzem; e cabe a ele saber captar e irradiar as vibrações, aprender a refazer seus trajetos e pontos de confluência e dispersão para criar um espectro plástico e infinito, campo magnético que consome e cria formas e imagens. E isso nada tem a ver com o delírio descontrolado.

(...)
Urias C. Arantes - do livro Artaud: teatro e cultura

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