sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SUBJETIVIDADE A-SUBJETIVA

(..) (...) O  nosso  problema aqui  é  o  conceito  de subjetividade fabricado  em meio a um conjunto de nomes da clínica que a psiquiatria entronizou como sendo “A  clínica dos  transtornos mentais”. Ela começa com as condutas socialmente inadequadas, o que se consuma no diagnóstico (impreciso) de psicose, mas se expande, incluindo até mesmo quadros não psicóticos. Sua ambição é abarcar a gama das condutas  humanas num  sistema classificatório.  É uma clínica estagnada no ponto em que o cérebro  estabelece  limites anátomo-fisiológicos (e estruturais) ao  pesquisador.  Entretanto, como no caso dos afetos. precisamos de uma máquina  teórica que  capte a  velocidade do universo subjetivo,  traga  respostas  do  que se passa  na Vivência. E que não se  reduza às cintilações fisico-químicas do organismo, nem mesmo ao imaginário do eu ou às  regras de conduta na sociedade. Buscamos outra coisa. Para que isso seja possível, é necessário  considerar  o  processo  de produção  desejante  em  situações  concretas.
(...)
A.M. - do livro Trair a psiquiatria

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