TODOS DELIRAM
(...) (...) O delírio explode a transferência. A psiquiatria, munida dos fármacos, também realiza um empreendimento reducionista. O alvo é o delírio como sintoma. Se riscarmos os limites, o encontro dar-se-á com elementos que extravazam o quadro da clínica psicopatológica, o que torna possível a produção de uma clínica voltada aos problemas reais do cotidiano. Neste sentido, encontrar é ir ao não-patológico até então misturado ao patológico. Desejar é encontrar na medida em que o desejo produz o real, realidade, realidades e não fantasmas. Assim, ir além da clínica é não se aprisionar aos fantasmas que pululam nas categorias do pensamento da representação. Este é o modelo do pensamento da psiquiatria e dos saberes que lhe servem de apoio teórico, operacional e político.
(...)
A.M.
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