sexta-feira, 17 de agosto de 2012

TODOS DELIRAM

(...) (...) O delírio  explode a transferência. A psiquiatria, munida  dos  fármacos, também   realiza um empreendimento reducionista. O alvo é o delírio como sintoma. Se riscarmos os  limites, o encontro dar-se-á com elementos que  extravazam o quadro da clínica psicopatológica, o que torna  possível a produção de uma clínica voltada  aos problemas reais do cotidiano. Neste  sentido, encontrar é ir ao não-patológico até então misturado ao patológico.  Desejar  é  encontrar   na  medida  em que o desejo produz  o real, realidade, realidades  e não fantasmas. Assim, ir além da clínica é não se aprisionar aos fantasmas que pululam nas categorias do pensamento da  representação. Este é o modelo do pensamento da psiquiatria e  dos  saberes  que  lhe  servem  de  apoio  teórico, operacional e político.
(...)
A.M.

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