SOBRE A LÓGICA DO SENTIDO ( DELEUZE )
Renata – eu leio isso assim... como sendo o seguinte: ele foi contra tudo aquilo que sempre se fala como sendo bom que é o profundo, sempre o profundo, então se o meu amor é profundo, ele é melhor que o seu que é um amor superficial e sempre assim, essa é a nossa idéia, aí ele vem e repete isso, ele vai querer dizer: - não mas eu não quero falar do profundo, eu quero falar do superficial – então para mim vem uma imagem que é a do ponto e do plano, quanto mais você abrange alguma coisa, com um ponto ou com um plano? Com um plano né? Então para mim, a superfície é um plano e a profundidade é um ponto, assim: - eu te conheço profundamente – então você é um ponto e eu vou explorar aquele ponto e só aquele apenas... e se eu falo em superficialidade, eu estou querendo abranger esse plano todo e daí ele matou quando ele diz que tudo que está na superfície tem correspondência com o que está na profundidade, então se você – por isso eu falei do liso e do estriado – desliza na superfície, você de qualquer forma está atendendo e alcançando, abordando, de alguma maneira as profundezas dessa superfície.
Grupo Transversal - Unicamp
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