terça-feira, 13 de novembro de 2012

A SUBJETIVIDADE É O MUNDO

Numa acepção  inspirada em Gilles  Deleuze e Félix  Guattari, subjetividade refere-se  às  formas de sentir, pensar, perceber e agir que se expressam na relação do indivíduo com o mundo. A subjetividade vem de fora. Ela é  social  e mais  precisamente  coletiva. O indivíduo  é uma  espécie  de terminal da  produção coletiva da subjetividade. Claro que o corpo é a referência maior,  pois  não existiria indivíduo sem um corpo. Precisamos ver algo. Mas esse corpo, com a sua  organização anátomo-fisiológica, está encravado numa rede coletiva de significados não  necessariamente  visíveis. Ainda  assim, o coletivo não é algo abstrato, distante  de  nossas  vidas  cotidianas. Ao contrário, ele se  operacionaliza  no  e   através  o funcionamento das  instituições, formando linhas de vida no que se chama “subjetivo”. Dizer ”subjetivo=coletivo” é uma  equação que serve para se pensar a mente e os transtornos  mentais. A subjetividade nos governa  a  partir de determinações que escapam à consciência, ao eu e à razão. Estas categorias são  produtos  sociais que servem para manter a estabilidade do cotidiano da civilização onde vivemos.  Funcionam  “naturalmente”. 
(...)
A.M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário