terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Um comentário:

  1. Dessa maneira, o exemplo que trouxe serve como alternativa a quem passa por situações parecidas, afinal, vivemos numa sociedade capitalista; e a sociedade capitalista segue um padrão, que é o padrão de consumo individualista. O exemplo do restaurante pode ser incabível para o seu caso concreto, mas o ideal é que sua vida concreta esteja embasada numa prática filosófica, sob pena de sucumbência e mergulho na homogeneidade. Você não tem que ser diferente por estrelato. Você tem que ser diferente somente para poder expressar a si próprio. E "expressar a si próprio" é um conjunto de fatores. Fato é que ficar em casa estudando todos os livros do mundo não o fará "expressar-se a si mesmo". Como falei, é um conjunto de questões, incluindo práticas espiritualistas, trabalhar o corpo, etc. Os orientais sabem muito bem disso. Deram uma aula no terremoto no Japão. Você não precisa ser japonês, nem tampouco ressentido por não sê-lo. Numa situação de agressão, evite o revide, mas não deixe de se posicionar, ainda que, para isso, o revide seja necessário, somente como "ultima ratio". Esgotadas as possibilidades, retruque. Caso contrário, restando medidas cautelares, demarque o que você quer, sem violência. O outro pode não compreender porque a reação que ele toma não raro é inconsciente para ele. Sabemos muito bem que há uma produção da inveja, do ciúme, da intriga, etc. Mantenha uma vida digna. É por este propósito que vale à pena lutar. Não porque os homens estão perdidos e precisam disso, o que seria uma justificativa humanista. O exemplo acaba servindo ao capitalismo. Leia as histórias de vida exemplares como aprendiz, nunca como seguidor. Mantenha uma vida digna apenas pelo movimento, como água. Deixe a vida fluir através de você. Preze pela suavidade, com densidade. Não serás feliz, nem terá prêmios; porém, estará em vibração e sintonia com a vida, cujo registro principal é a sobrevivência. Sobreviva como um tigre, uma árvore, uma mosca. Sem papéis. Siga o caminho dos seres vivos e abstratos, com os pés no chão. Deixe os vôos para o pensamento. Que ele aterrisse apenas para o "eureka" de uma situação real. Afinal, a abstração não serve à Academia. A utilidade da abstração é a matéria, o agora, o instante, ainda que se delire. O delírio é o distante do instante. Por isso se torna imprescindível de realidade.

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