UMA ETIOLOGIA TRANSFATORIAL
As multiplicidades são o real da vida. Esta não é uma afirmação abstrata. Basta observar uma criança, um artista, lembrar dos sonhos mais surpreendentes, ou apenas considerar as infinitas possibilidades de agir no mundo. Partimos do múltiplo e só entendemos a etiologia ampliada em três dimensões. Parece simples, O orgânico, o psíquico e o coletivo. Como separá-los? Lamentamos dizer que a pergunta não se aplica, porque não há como separá-los. O único modo de lidar com isso é o modo trans. Misturar os saberes numa espécie de sopa caósmica (sem ecletismo) em prol de uma posição ético-estética. A favor do paciente, o Encontro, enfim, poderá acontecer.Sem isso, permaneceremos fiéis á Conserva, como diria Moreno.E a etiologia ficará restrita à órbita da ciência e suas tecnologias triunfantes. O espaço do pensamento criador, da sensibilidade, da intuição, torna-se um espaço recortado em mais uma máquina binária: os que sabem ciência e os que não sabem. Ao contrário, uma lógica trans ou uma visão transdisciplinar trabalha com hipóteses etiológicas que se interpenetram e se somam. Isso basta. É o fim das hierarquias (...)
A.M.
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