Considere o paciente antes de toda moral julgadora. Lembre-se que a existência é puro devir, e por isso, vertigem. Esta é uma posição metafísica que busca apreender a passagem do tempo como sendo a própria subjetividade. A medicina não sabe disso, não sabe do que se trata pois trabalha essencialmente com objetos sólidos. Não é um mal-em-si, mas um dado metodológico que a distancia do paciente. Saia, portanto, da ótica médica, marcada pela ciência experimental, pelo mecanicismo newtoniano e pela adesão ao mercado de consumo desenfreado. Adote uma posição ético-estética. Despsiquiatrize-se. Os fluxos que animam o corpo do paciente são os do desejo-rizoma. Experimente amar antes que o amor. Faça o acontecimento. Não há fórmulas ou protocolos. Arrisque...Ou então, tome a benção ao doutor... e peça autorização para existir...
A.M.
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