sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

SINAPSES FEBRIS

O capitalismo universal é a vontade dos néscios da máquina. Todos a servem com prazer. A roda da  fortuna premia os corretos. Não tenho mais referências, exceto às do oceano de sangue verde. Procurei diálogos abertos, francos, verdadeiros, com os representantes das oligarquias do pensamento. Não obtive êxito, pelo contrário. O que  me  restou  foi  o corpo exposto em linhas da arte do precipício. A medicina é uma mina de dinheiro. Conversei com médicos cristãos. Eles até que atenderam as  minhas  preces, desde que não se tocasse no essencial. O essencial é a igreja. Tudo é vendável. Argumentei por vielas escondidas sobre a carne dos  anjos. Nada feito. Então me tornei um delírio de igualdade, coisa de sonhos acordados: isso não se usa mais. Abortei a palavra objetiva e retornei a pequenas crenças da noite. Ela( a  noite) me abrigou do nada,  como se diz: “venha ser um dos nossos”. Quando percebi, era já muito tarde e a aurora se desfazia em cultos trágicos. Disse ao psiquiatra que ele enganara a todos, menos à  loucura,  testemunha sem código estável. E morreu aí.Não ele, mas a psiquiatria dos olhos opacos.

A.M.

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