REMÉDIOS ATÉ A MORTE
O prazer do médico pela melhora do paciente tem uma conexão íntima com o “passar remédio”. Talvez seja uma obviedade dizer, mas na psiquiatria esse ato se reveste de um poder sobre a existência e/ou conduta social de alguém. Fazer uma prescrição é influir diretamente num organismo doente que precisa ser adaptado ao convívio social. A crença é a de se estar promovendo uma vida, portanto, criando. Não se percebe o engano embutido; o paciente não é redutível a um organismo visível, sob pena de engessá-lo no circuito das respostas prontas.
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A.M.
Parabéns, amigo Moura, você é sempre feliz em suas colocações.
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