terça-feira, 29 de janeiro de 2013


REMÉDIOS ATÉ  A MORTE

O prazer do médico pela melhora  do paciente tem uma conexão íntima  com o “passar remédio”. Talvez   seja uma obviedade dizer, mas na psiquiatria esse ato se reveste de um poder sobre a existência e/ou conduta social de alguém. Fazer uma prescrição é influir diretamente num organismo doente que precisa ser adaptado ao convívio social. A crença é a de se estar promovendo  uma vida,  portanto, criando. Não se percebe o engano  embutido; o paciente não é redutível a um organismo visível,  sob pena de engessá-lo no circuito das  respostas prontas. 
(...)
A.M.

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