GOZAR, GOZAR
"Tenho de saciá-la, pensei, fazê-la gozar repetidas vezes, usar minha capacidade de ficar com o pênis ereto um tempo infindável sem gozar, meu prazer é secundário. A velha dúvida me assaltou - generosidade ou exibicionismo? - apenas por alguns instantes (...) Claro que chegava um momento em que eu tinha um orgasmo. Este orgasmo era menos para me dar prazer do que para deixar uma marca viscosa que demonstrasse, para a minha parceira, que eu também me envolvera profundamente na relação. As pessoas acreditam nos sinais exteriores do gozo."
Rubem Fonseca
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