(...) (...) Porque a ciência seria completamente louca se a deixassem agir; vejam, por exemplo, a matemática: ela não é uma ciência mas uma prodigiosa gíria, e nomádica. Ainda e sobretudo no domínio teórico, qualquer esboço precário e pragmático é melhor do que o decalque de conceitos com seus cortes e seus progressos que nada mudam. A imperceptível ruptura em vez do corte significante. Os nômades inventaram uma máquina de guerra contra o aparelho de Estado. Nunca a história compreendeu o nomadismo, nunca o livro compreendeu o fora. Ao longo de uma grande história, o Estado foi o modelo do livro e do pensamento: o Iogas, o filósofo-rei, a transcendência da Idéia, a interioridade do conceito, a república dos espíritos, o tribunal da razão, os funcionários do pensamento, o homem legislador e sujeito. É pretensão do Estado ser imagem interiorizada de uma ordem do mundo e enraizar o homem. Mas a relação de uma máquina de guerra com o fora não é um outro "modelo", é um agenciamento que torna o próprio pensamento nômade, que torna o livro uma peça para todas as máquinas móveis, uma haste para um rizoma .(Kleist e Kafka contra Goethe).
(...)
G. Deleuze e F. Guattari - do livro Mil platôs
"A história é sempre um testemunho, direto ou referencial, e, por isso, um elemento responsável pelo juízo de um acontecimento ou de um processo. Como todo testemunho, para ser válido, deve ser o mais próximo possível da verdade, e também o mais completo. Nunca se pode dizer que uma história é totalmente verdadeira. Mas podemos pretender, pelo menos, contribuir para contá-la com nosso conhecimento direto das coisas, sem ocultar o que sabemos." (Lola Aniyar de Castro)
ResponderExcluirVocê traduziu logos como o Iogas...no mais está compreensível...
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