Devir é expandir-se, diferenciar-se. Não há garantia institucional para tais ações. Elas arriscam no vácuo o recado de uma novidade incerta. O paciente sem rosto,a vida subjetiva se mostrando às micro-sensibilidades que circulam entre o paciente e o psiquiatra. Escutar, escutar não sob uma grade edipiano-cerebral, mas à espreita do novo, do inesperado, do indeterminado, do bizarro. O acontecimento é uma linha de perigo e por isso "a passagem". Examinar um paciente é encontrá-lo no seu mundo, por mais longínquo que seja. Isso exige tempo, paciência e desejo .Uma ética do Encontro precede toda técnica. Quem a suporta?
(...)
A.M.
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