DA EXPERIÊNCIA AMOROSA
“O verdadeiro estado amoroso supõe um estado de semiloucura correspondente, de obsessão, determinando uma desordem emocional que vai da mais intensa alegria até a mais cruciante dor, que dá entusiasmo e abatimento, que encoraja e entibia; que faz esperar e desesperar, isto tudo, quase a um tempo, sem que a causa mude de qualquer forma.”
Lima Barreto, em Clara dos Anjos
Ainda na vertente rodrigueana. Ou seja, quando o problema se desloca para as instituições, tratamos do âmbito político. Não existe o escritor fidedignamente fiel à realidade, sabemos. Há alguma dose de ficção em qualquer arte. Porém, quando o artista entra para a política - e não precisa se filiar a algum partido -, emitindo pensamentos, opiniões e posicionamentos, a ficção passa a ser desimportante. É como se a estética se perdesse. E, muitas vezes, a estética passa a ficar caricatural. Explico. Por exemplo, alguém propõe um discurso e lá se vai. De repente, está sendo comparado a outrem, porque não sustentou o discurso que propôs, ficando totalmente ridículo. É verdade. E fica ridículo porque a beleza perdeu seu gosto e o artista não sabe se posicionar. Diz uma coisa próxima dos 70% de aidéticos da África e passeia por Viena. Critica a psicanálise, que nasceu em Viena, mas adora Viena.
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