terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O ESPÍRITO DA COISA

(...) (...) Não há um, mas vários universos em lugares distintos, a depender das forças que  compõem o Contexto onde o paciente se insere. Se este se acha envolvido pela crosta das  subjetivações psi (psiquiatria  e cia), nada a fazer senão  observar, intuir, ouvir, captar, capturar, perceber, conectar, implicar-se no fluxo dos devires. Devir-pensamento é  o cérebro como junção da Natureza com o Pensamento. Cérebro=pensar;  não o cérebro-objeto das neuro-pesquisas, mas o cérebro=modo de subjetivação. Para além e aquém da consciência, “o cérebro é o espírito  mesmo”.O que chamamos de espírito é o pensamento. E o paciente, quem é? Ele é uma multiplicidade em ato, “oferecida” a quem o examina. Reduzi-lo a um organismo físico-químico ou a um eu recitando “papá-mamã” equivale a um homicídio simbólico cientifica e academicamente   respaldado. Todo paciente é  uma  realidade irredutível às categorias da pessoa e do indivíduo. Essa  é a  condição prática para uma clínica  do Encontro ou dos  devires. 
(...)
A.M.

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