"Eu era um jovem, passando fome, bebendo e tentando ser escritor. Nada do que eu lia tinha a ver comigo. Eu tirava livro após livro das estantes. Por que ninguém dizia algo? Por que ninguém gritava? Então, um dia, puxei um livro e o abri, e lá estava. As linhas rolavam facilmente através da página, havia um fluxo. Cada linha tinha sua própria energia e era seguida por outra como ela. (...) E aqui, finalmente, estava um homem que não tinha medo da emoção. O humor e a dor estavam entrelaçados com uma soberba simplicidade. O livro era Pergunte ao Pó e o autor, John Fante. Ele se tornaria uma influência no meu modo de escrever para a vida toda. Trinta e nove anos depois, reli Pergunte ao Pó. Ele ainda está de pé, como as outras obras de Fante, mas esta é a minha favorita porque foi minha primeira descoberta da mágica."
Charles Bukowski - 5/6/1979
A mágica acabou. As sociedades secretas acabaram. Os mitos não fazem mais sentido. As histórias populares viraram galhofas. As festas viraram carnaval industrializado. E o homem revela sua verdadeira face através dos tempos. Sistema após sistema, a única saída para o homem sempre foi o anti-homem. O anti-homem não é o anti-social. O anti-homem não é a negação do homem, como seria uma leitura humanista. O anti-homem não é um mergulho na depressão, o que seria uma fuga do próprio homem. O anti-homem é o esvaziamento do que o Homem consolidou em todos os seus séculos de História. Não tenho medo de vocês, não preciso estar contra vocês, mas não sou um de vocês.
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