quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


PRÁTICAS MORTUÁRIAS

(...) (...) Conotada à  fabricação da  doença mental ao longo do século  XIX , a loucura  é  hoje   o  descontrole do sistema cérebro/mente  (e de tudo que isso implica) tomando-o como lesionado. Grosso modo, é esta a neuro-concepção que  embasa os trabalhos da  psiquiatria  dita biológica. Os diagnósticos se sucedem  na esteira de um esquematismo "cidológico" totalitário.Duas questões, no entanto, se impõem 1-qual a etiologia (como aparelho teórico) dos transtornos mentais? 2-a quem servem os diagnósticos, dispondo de tão extraordinária variedade  semiológica? Na borda da idéia de loucura, a nossa referência  é a clínica, ou seja, o Encontro com o paciente. Etiologia  e diagnóstico aí estão presentes como  referência de uma  verdade pontual , relativa  e fragmentária. Ora, se a etiologia da psiquiatria biológica  é reducionista  e o diagnóstico é focado apenas nos sintomas, o remédio químico irá  tamponar a  riqueza  vivencial do paciente. Oh, indústria farmacêutica!!!
(...)
A.M.

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