sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


UM DEUS INUMANO

Numa visão espinosiana, crer no Deus cristão é reproduzir a relação dirigente-comandado,   governante-governado, rei-súdito, patrão-empregado, senhor-escravo, etc; assim, o pensamento se mantém prisioneiro de uma relação entre seres humanos, ou, dito de um modo cristão, numa relação entre pessoas.  Deus é uma pessoa. No entanto, basta considerar a existência do infinito (tempo-espaço) para jogar por terra essa bobagem humanística. Não há dimensão existencial, espiritual, que compare em grandeza, em proporcionalidade, a finitude humana com o cosmos. Daí, nessa matéria, a atitude mais honesta e inteligente seria a do agnóstico, do materialista, do  ateu e  do trágico.Pena que essa "bobagem humanística" convença a tanta gente e produza subjetividades atoladas no medo e na servidão voluntária.

A.M.

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