quinta-feira, 21 de junho de 2018

NÃO - ME - TOQUE


Em 1974, a seleção brasileira ficou muito tempo em uma concentração na Floresta Negra, na 
Alemanha, antes da Copa do Mundo. Isolamento quase total.

Em 2018, a preocupação é a mesma, de maneira mais sutil.

Não houve um jogo de despedida, para aumentar a ligação afetiva com a torcida.

Na Rússia, há torcedores na frente do hotel e a delegação entra pelos fundos.

Há atletas russos no hotel da seleção (esportes de inverno) que são proibidos de ficar na varanda dos quartos, enquanto a seleção treina. Não podem tirar fotos.

Neymar não participa de coletivas.

Há uma brigada contra possíveis drones de rivais, espionando o time.

Tudo é feito para evitar pressão sobre os jogadores. Nem temos um capitão. Todos tem, o Brasil, não. Um rodízio contra pressão. Será uma carga tão grande ser capitão do Brasil?

Agora, esse time tão protegido, tão longe do povo, tão asséptico, entra em campo para uma decisão.

O adversário é fraco e uma vitória deixa a vaga muito próxima.

Tomara que a ausência de pressão não se torne uma pressão.


Blog do Menon, 21/06/2018, 10:25 hs

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