O desejo não é em si mesmo desejo de amar, mas força de amar, virtude que dá e que produz, que maquina (porque: como poderia ainda desejar a vida o que está na vida? quem quereria chamar a isso de um desejo?). Mas é preciso, em nome de uma horrível Ananké, a Ananké dos fracos e dos deprimidos, a Ananké neurótica contagiosa, que o desejo se volte contra si, que ele produza sua sombra ou seu macaco, e ache uma estranha força artificial de vegetar no vazio, no seio de sua própria falta.
D-G em "O anti-édipo".
O que você leva da vida é a vida que você leva.
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