A universidade tem uma forma universal. Ela se reproduz em subjetivações cristãs à espera do Bem Supremo do Conhecimento. O capitalismo comparece com a Naturalidade das Coisas. Não adianta falar que a psicose assombra os olhares. Quem gosta da loucura? Concorde comigo: em face da conjuntura inglória, é preciso afirmar o menor,o traste. Entretanto, algo se rebate sobre o devir implacável do tempo. Deleuze assombra os mais espertos. Mesmo estes, atados à dimensão mesquinha do eu e da consciência, se ajoelham. Uma sociedade de iguais, mesmo na heterogeneidade. Quem acredita? As sombras do delírio se avizinham num destino cru. Tudo se nivela. Quem não é louco é louco.
Em linhas reducionistas, poderíamos dizer que somos produtos do poder, ao mesmo tempo em que produzimos e mantemos esse poder. Recaimos na dialética. No entanto, a situação, atualmente, é mais complexa. Os dispositivos são subjetivados. O psiquiatra não é somente o psiquiatra, quem é louco não é louco. E, paradoxalmente, lá onde está o eu e a consciência está também a solução residual. Ora, por que alguém diz que você é psiquiatra e você insiste em não sê-lo?
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