CULPA, CULPA, MEA CULPA
Em relação ao cristianismo, os gregos são crianças. Sua maneira de depreciar a existência, seu "niilismo", não tem a perfeição cristã. Eles consideram a existência culpada, mas não inventaram ainda o refinamento que consiste em julgá-la faltosa e responsável. Quando os gregos falam da existência como criminosa e "hybrica", pensam que os deuses tornaram os homens loucos: a existência é culpada, mas são os deuses que assumem a responsabilidade da falta. Esta é a grande diferença entre a interpretação grega do crime e a interpretação cristã do pecado (...)
G. Deleuze - do livro Nietzsche e a filosofia
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