TUDO PASSA
(...) a única subjetividade é o tempo, o tempo não-cronológico aprendido em sua fundação, e somos nós que somos interiores ao tempo, não o inverso. Que estejamos no tempo parece um lugar-comum, no entanto é o maior paradoxo. O tempo não é o interior em nós, é justamente o contrário, a interioridade na qual estamos, nos movemos, vivemos e mudamos (...) (...) A subjetividade nunca é a nossa, é o tempo, quer dizer, a alma ou o espírito, o virtual. O atual é sempre objetivo, mas o virtual é o subjetivo: primeiro era o afeto, o que sentimos no tempo; depois o próprio tempo, pura virtualidade que se desdobra em afetante e afetado, " a afecção de si por si" como definição do tempo (...)
G. Deleuze - do livro Cinema - a imagem-tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário