terça-feira, 20 de março de 2012

UMA ÉTICA DA IMANÊNCIA

O problema ético é inteiramente relevante se for posto no lugar próprio. Libertação não é soltar a alma do corpo; é recuperação da cisão tática entre a alma e o corpo, que parece necessária à disciplina social do jovens. A libertação põe a razão e a cultura não contra Eros, mas à disposição de Eros, do corpo "perverso polimorfo" que sempre retém a potencialidade de um relacionamento completamente erótico com o mundo - não apenas por intermédio  do sistema genital, mas por intermédio de toda a capacidade sensória. A libertação restaura o "narcisismo primário" não só do organismo por si, mas do campo organismo/ambiente. Cabe portanto perguntar como esse "narcisismo" poderia expressar-se éticamente; ou, em outras palavras, qual seria a ética de Eros e da espontaneidade distinta da ética da sobrevivência (...)

Alan Watts - do livro Psicoterapia oriental e ocidental

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