O DESEJO É OBJETIVO
Os revolucionários, os artistas e os videntes se contentam em ser objetivos, nada mais que objetivos: sabem que o desejo estreita a vida com uma potência produtora, e a reproduz de uma maneira tanto mais intensa quanto menos ele tem necessidade. E tanto pior para aqueles que acreditam que é fácil falar, ou que é uma idéia que está nos livros. "Das poucas leituras que eu havia feito, tinha tirado a conclusão que os homens que mais se embebiam de vida, que a modelavam, que eram a própria vida, comiam pouco, dormiam pouco, só possuíam uns poucos bens, se é que tinham algum. Não tinham ilusão em matéria de dever, de procriação, aos fins limitados de perpetuar a família ou defender o Estado (...) (...) O mundo dos fantasmas é aquele que ainda não acabamos de conquistar. É um mundo do passado, não do futuro. Ir adiante agarrando-se ao passado é arrastar consigo a bola de ferro do passado" (Henry Miller, Sexus)
(...)
G. Deleuze e F. Guattari - do livro O anti-édipo
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