sábado, 24 de março de 2012

O CÍRCULO DA DEPENDÊNCIA ABJETA

Existe o corporativismo psiquiátrico. À parte as habituais alianças liberais com a Medicina e a tradicional  e estratégica  oposição  ao Estado burguês,  o corporativismo psiquiátrico se alimenta de um discurso de verdade sobre a loucura e seus assemelhados. No campo da  Saúde Mental,  põe à serviço  o profissional a quem o portador de transtorno mental deve recorrer.Ou seja: se está louco procure um psiquiatra. Tal assertiva baseia-se na naturalização dos códigos sociais em torno da figura do psiquiatra e do valor da psiquiatria enquanto  instrumento de controle das condutas ditas  irracionais. Simples assim. Mas, funciona... quem duvida?

Antonio Moura

Um comentário:

  1. Retomo Chico Anysio. Duzentos em um. Duzentos forma um exército, caro amigo. Estão por fora. Todos vocês estão por fora. Acham que a solidão é apenas um traço melancólico subsequente ao queixar-se. Existe a solidão povoada. Mas, não adianta falar que ela existe e recorrer àqueles que pouco se lixam. Agora, o lance é pensar. Pensar as depressões. Tudo bem. Se não quiser pensar psiquiatricamente, há dois elementares destacados: um, pensar a depressão é afirmar a solidão; dois, pensar a depressão, é pensar, por exemplo, que Chico Anysio tinha depressão. "Mas como?", perguntam, "o mestre do humor"! DIgo-lhes: por isso mesmo. A menos que se queira continuar pensando psiquiatricamente... Aí, não se dará nó na cabeça. Pode até criticar a psiquiatria...

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