O CÍRCULO DA DEPENDÊNCIA ABJETA
Existe o corporativismo psiquiátrico. À parte as habituais alianças liberais com a Medicina e a tradicional e estratégica oposição ao Estado burguês, o corporativismo psiquiátrico se alimenta de um discurso de verdade sobre a loucura e seus assemelhados. No campo da Saúde Mental, põe à serviço o profissional a quem o portador de transtorno mental deve recorrer.Ou seja: se está louco procure um psiquiatra. Tal assertiva baseia-se na naturalização dos códigos sociais em torno da figura do psiquiatra e do valor da psiquiatria enquanto instrumento de controle das condutas ditas irracionais. Simples assim. Mas, funciona... quem duvida?
Antonio Moura
Retomo Chico Anysio. Duzentos em um. Duzentos forma um exército, caro amigo. Estão por fora. Todos vocês estão por fora. Acham que a solidão é apenas um traço melancólico subsequente ao queixar-se. Existe a solidão povoada. Mas, não adianta falar que ela existe e recorrer àqueles que pouco se lixam. Agora, o lance é pensar. Pensar as depressões. Tudo bem. Se não quiser pensar psiquiatricamente, há dois elementares destacados: um, pensar a depressão é afirmar a solidão; dois, pensar a depressão, é pensar, por exemplo, que Chico Anysio tinha depressão. "Mas como?", perguntam, "o mestre do humor"! DIgo-lhes: por isso mesmo. A menos que se queira continuar pensando psiquiatricamente... Aí, não se dará nó na cabeça. Pode até criticar a psiquiatria...
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