Havia um professor de psiquiatria da UFBa (dos grandes...) que dizia: "psiquiatra que passa muito remédio é porque não sabe o que o paciente tem, não sabe qual o problema do paciente, ou simplesmente não o escuta; ele utiliza vários remédios (um artifício cômodo) com o objetivo de acertar o alvo meio que na cegueira... algum eu acerto..." Eu acrescento: mas qual o alvo? O alvo são os sintomas. Como são muitos os sintomas, usar um fármaco para cada sintoma, convenhamos não ser uma opção inteligente.É enfadonho ter que dizer obviedades, mas o fármaco só atinge (deleta?) o sintoma. Ele foi feito para isso, serve para isso. Entretanto, nesta opção mono-farmacológica, os modos de subjetivação expressos em vivências, ou não serão tocados, ou serão destruidos ou formatados numa produção em série (linha de montagem) na figura clássica do doente mental (hoje chamado portador de transtorno). Todos iguais...
Antonio Moura
Para quem acredita no diálogo:
ResponderExcluir"Será que o colonizador está em condições de dialogar com o colonizado?"