Resumindo muito, e roubando uma definição de Naffat Neto (Psicodrama:descolonizando o imaginário), eu diria que "o psicodrama é a objetivação de uma experiência subjetiva, enquanto o sociodrama é a subjetivação de uma realidade objetiva". No entanto, buscando escapar do círculo estreito desta concepção sujeito-objeto, pode-se inferir que "só existe" o Sociodrama, sendo o Psicodrama dele derivado. Na observação empírica de uma sessão de grupo, este dado é tão mais relevante na medida em que os problemas (sintomas) chegam atrelados a linhas existenciais molares (identitárias) enrijecidas, como é o caso dos papéis de mulher, esposa, mãe, trabalhadora, entre outros. O método do sociodrama adquire, assim, um viés terapêutico que faz por abranger o paciente no mundo e não o contrário (o mundo no paciente), caso das terapias individualistas, egóicas, restritas ao espaço do cérebro que mente.Estas são breves anotações que começo a fazer a partir do grupo terapêutico do Caps.
Antonio Moura
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