sábado, 23 de julho de 2011

Psicodrama no Serviço Público - 3

Resumindo muito, e roubando  uma definição    de Naffat   Neto (Psicodrama:descolonizando o imaginário), eu diria que "o psicodrama é a  objetivação de uma experiência subjetiva, enquanto o sociodrama é a subjetivação de uma realidade objetiva". No entanto,  buscando  escapar  do círculo estreito desta  concepção sujeito-objeto, pode-se  inferir que  "só existe" o Sociodrama, sendo o Psicodrama dele derivado. Na observação empírica de uma sessão de grupo, este dado é tão mais relevante na medida em  que os problemas (sintomas)  chegam atrelados a linhas existenciais molares  (identitárias) enrijecidas,  como é o caso dos papéis de mulher, esposa, mãe, trabalhadora, entre outros. O método do sociodrama adquire, assim, um viés terapêutico que faz por abranger o paciente no mundo e não o contrário (o mundo no paciente), caso das terapias individualistas, egóicas, restritas ao espaço do cérebro que mente.Estas são breves anotações que começo a fazer a partir do grupo terapêutico do Caps.

Antonio Moura

Nenhum comentário:

Postar um comentário