Atualmente, que instituição não é solidária com uma leitura "racional" do capitalismo, que o relaciona com uma essência estável de onde resultaria a regra do seu desenvolvimento? (...) (...) Puro movimento de autodeterminação cujo termo, a subsunção total do social, é a verdade do começo, cuja consequência é o fundamento, cujo efeito é a causa.
(...) Diante do processo capitalista, a racionalidade científica aparece, então, como um álibi, um refúgio, a tentativa desesperada de cercar de definição aquilo que desfaz qualquer definição, de determinar através de relações, medidas e equivalências o poder demiúrgico que significa a transformação de todas as coisas à sua imagem e semelhança.
Isabelle Stengers - Introdução do livro Contra-tempo
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