A psiquiatria é uma instituição social. Mas isso não é percebido pelos que a exercem (não só psiquiatras...) . Eles costumam se ligar à dimensão egóica, técnico-profissional, corporativa e científico-acadêmica. O modelo é a medicina. A forma-medicina... Não é preciso ser médico para ser médico. Máquinas do desejo se estabelecem como princípio de verdade e referência de virtude. Trata-se da ética do capital e do Estado corrupto. A nível da vivência de subjetividades fechadas , as coisas estão apaziguadas numa produção de agentes defensores do paciente, proprietários de um saber. No fim, tudo muda porque nada muda. Fica pouco mais a dizer, exceto execrações de praxe, as do domínio da clínica e dos transtornos de personalidade incuráveis. A psiquiatria faz a sua parte no negócio e destila um modus operandis cronificador. Sem culpa, sem auto-crítica, sem escrúpulos. O que resta, fora delírios tolos como os do puro neuro-real, é o medo da loucura, do acaso e do caos.
O que caracteriza uma boa ou má reputação? O Estado, pura e simplesmente o Estado. Culturalmente, alguém de boa reputação é considerado o bem situado, de muitas posses. Porém, no aspecto profissional, é exatamente aquele que serve aos interesses do Estado, aquele que responde dessa filosofia e desse lugar. Quanto mais cego for, melhor. E, se tratando de Brasil, se for corrupto e tiver uma ascensão repentina, melhor ainda.
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