domingo, 10 de julho de 2011

JOGOS PSIQUIÁTRICOS

A psiquiatria é uma instituição social.   Mas isso não é percebido pelos que a exercem   (não   só  psiquiatras...) .  Eles costumam   se ligar  à dimensão egóica, técnico-profissional, corporativa e científico-acadêmica. O modelo é a medicina. A forma-medicina... Não é preciso ser médico para ser médico. Máquinas do desejo se estabelecem como princípio de verdade e referência de virtude.    Trata-se   da  ética do capital  e do Estado corrupto.  A nível da vivência de subjetividades  fechadas , as coisas  estão apaziguadas numa produção de  agentes  defensores do paciente, proprietários de  um  saber.  No fim, tudo muda porque nada muda.  Fica  pouco  mais a dizer, exceto  execrações de praxe, as  do domínio da clínica e dos transtornos de personalidade incuráveis. A psiquiatria faz a sua parte no negócio  e destila um modus operandis cronificador.   Sem culpa, sem auto-crítica, sem escrúpulos.  O  que resta,  fora  delírios tolos  como  os  do  puro  neuro-real, é o medo da loucura, do acaso e do caos.


Um comentário:

  1. O que caracteriza uma boa ou má reputação? O Estado, pura e simplesmente o Estado. Culturalmente, alguém de boa reputação é considerado o bem situado, de muitas posses. Porém, no aspecto profissional, é exatamente aquele que serve aos interesses do Estado, aquele que responde dessa filosofia e desse lugar. Quanto mais cego for, melhor. E, se tratando de Brasil, se for corrupto e tiver uma ascensão repentina, melhor ainda.

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