Este blog busca problematizar a Realidade mediante a expressão de linhas múltiplas e signos dispersos.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Os anormais
Acho que podemos dizer, para situar essa espécie de arqueologia da anomalia, que o anormal do século XIX, é um descendente desses três indivíduos, que são o monstro, o incorrigível e o masturbador.
Que quer dizer então a redundante frase "o Caps precisa da clínica para a clínica"? Quer dizer, por um lado, que o Caps, assim como a sociedade, não foi feito para dar certo. Por isso, uma clínica "mal feita" iria ensejar corrigí-lo. Também, uma clínica "mal feita" (uma psicanálise selvagem do Caps) iria levá-lo a um fim pessimista (o rochedo da castração). De outro lado, a História do Caps o determina, mas de maneira alguma exclui suas possbilidades internas e externas, de relação entre equipe e pacientes ou técnico e paciente, entre o Caps e a comunidade, em suma, as possibilidades de criação. Mister é, sem sombra de dúvida, a adoção de uma maneira de pensar. Afirmativa, óbvio. O Caps precisa afirmar um pensamento, precisa ser uma concretização coletiva de um pensamento. Aí reside um trabalho que somente pode ser catalisado mediante uma percepção clínica. Por onde começar?
Agora, uma coisa é certa: se ficar nessa babaquice de achar que a Reforma Psiquiátrica é revolucionária, que a passeata do orgulho louco é uma forma de resistência ou que o Caps mudou a concepção de doença mental, etc., etc. Aí é que a coisa não vai pra lugar nenhum...
Que quer dizer então a redundante frase "o Caps precisa da clínica para a clínica"? Quer dizer, por um lado, que o Caps, assim como a sociedade, não foi feito para dar certo. Por isso, uma clínica "mal feita" iria ensejar corrigí-lo. Também, uma clínica "mal feita" (uma psicanálise selvagem do Caps) iria levá-lo a um fim pessimista (o rochedo da castração). De outro lado, a História do Caps o determina, mas de maneira alguma exclui suas possbilidades internas e externas, de relação entre equipe e pacientes ou técnico e paciente, entre o Caps e a comunidade, em suma, as possibilidades de criação. Mister é, sem sombra de dúvida, a adoção de uma maneira de pensar. Afirmativa, óbvio. O Caps precisa afirmar um pensamento, precisa ser uma concretização coletiva de um pensamento. Aí reside um trabalho que somente pode ser catalisado mediante uma percepção clínica. Por onde começar?
ResponderExcluirAgora, uma coisa é certa: se ficar nessa babaquice de achar que a Reforma Psiquiátrica é revolucionária, que a passeata do orgulho louco é uma forma de resistência ou que o Caps mudou a concepção de doença mental, etc., etc. Aí é que a coisa não vai pra lugar nenhum...
ResponderExcluir