sexta-feira, 20 de abril de 2012

DEVIRES  SÃO  DESEJOS

Tentamos extrair do amor toda posse, toda identificação, para nos tornarmos capazes de amar.Tentamos extrair da loucura a vida que ela contém, odiando ao mesmo tempo, os loucos que não param de fazer essa vida morrer, de voltá-la contra si mesma. Tentamos extrair do álcool a vida que ele contém, sem beber: a grande cena da embriaguez com água pura, em Henry Miller. Abster-se do álcool, da droga, da loucura, é isso o devir, o devir-sóbrio, para uma vida cada vez mais rica.
(...)
G. Deleuze e C. Parnet - do livro Diálogos

Nenhum comentário:

Postar um comentário