sexta-feira, 20 de abril de 2012

VIAGENS DE MIGUEL

Miguel e a pediatria. Ele estava com  febre, febre  cortada pelo tylenol.  Ainda assim,   "debilitado" por uma possível virose. O consultório do pediatra estava cheio. Muitas crianças, muitas mães e pais aflitos. Miguel , todavia, escapou dos  padrões da "doença infantil"  e deslizou pelos quatro cantos do consultório. Esclareço: o que é "deslizar"? Simples:  ele só queria andar, curtir  e cumprimentar as pessoas. Andava, andava e falava (sorrindo) com as pessoas que encontrava no caminho Sua  vitalidade  chegou ( e me chegou)  como lição de vida . Aí perguntei: Miguel está doente? Viajei dentro de mim mesmo   e lembrei da infância, da "minha" infância. Nada bateu com nada. Miguel, estou  convencido, é um brilho de paixão e desejo que me desconcerta ao senti-lo. Por isso,  recolho à insignificância de me sentir o homem "maduro" .Ao mesmo tempo, assumo  um  grito  pela preciosidade com  que ele   se expressa. Sem censura. Miguel é o meu personagem conceitual. Um dia ele saberá...

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