O Estado não é o problema central. Foi o erro de Marx. O grande erro de Marx atribuir ao Estado o foco, para daí mudá-lo. O Estado é composto de MULTIPLICIDADES. Interessante que falamos tanto de MULTIPLICIDADES e não as contemplamos quando tratamos de Estado. O Estado é um Mito nosso e tem a ver com o propósito de ordem, ou melhor, de ordenação. São várias ordenações, as quais as instituições constituem sua parte menor, mas não menos essencial. Em Maio me comprometo a uma série de comentários sobre a questão da responsabilidade e do poder, que, de uma maneira geral, tem a ver com as governamentalidades fundadoras do elemento estatal. O fato de o Estado ser burguês ou capitalista, enfim, não é "culpa" do Estado. Da mesma forma que não se pode discutir, no futebol, com a torcida, não se pode culpabilizar o Estado por absolutamente nada, sequer promulgar o seu fim. Com isso, não defendo o Estado, nem descarto o anarquismo ou desconsidero que nunca tivemos democracia. Estou apenas situando um alvo impreciso, para que se torne mais preciso, palpável - PAPEL DO PENSAMENTO. No mais, veja só que coisa curiosa: a paciente melhorou. Melhorou por que? Porque ela própria enunciava uma REGRESSÃO que não era. Veja só se eu sou PSICANALISTA, veja só se sou PARTIDÁRIO de alguma teoria. É esse o ponto, caros colegas. Eu encararia o problema dela como uma regressão, seria capturado pela minha própria certeza. Por isso, o trabalho de psicoterapeuta requer, além de simplicidade, antes de tudo, desapego. A diferença existe de fato. Às vezes, tudo leva a crer que é uma coisa, mas é outra. Sendo assim, cabe o trabalho preliminar INVESTIGATIVO. O terapeuta é, antes de tudo, UM INVESTIGADOR. Durante a fase de investigação, ele intervem. Não é apático. Porém, o propósito de tratamento só vem depois do vínculo. Se o vínculo for impreciso ou enviesado por elementos institucionais externos, dados pela cultura, você já começa o trabalho errado. O pior é que no final acreditará que fez um bom trabalho e o paciente lhe agradecerá por ter saído curado. É pouco importante o final, é pouco importante que o paciente saia ou se sinta curado. A cura se dá pela verdade, ainda que o paciente não se sinta curado. E, se a verdade é impalpável, isso não retira a sua precisão.
O Estado não é o problema central. Foi o erro de Marx. O grande erro de Marx atribuir ao Estado o foco, para daí mudá-lo. O Estado é composto de MULTIPLICIDADES. Interessante que falamos tanto de MULTIPLICIDADES e não as contemplamos quando tratamos de Estado. O Estado é um Mito nosso e tem a ver com o propósito de ordem, ou melhor, de ordenação. São várias ordenações, as quais as instituições constituem sua parte menor, mas não menos essencial. Em Maio me comprometo a uma série de comentários sobre a questão da responsabilidade e do poder, que, de uma maneira geral, tem a ver com as governamentalidades fundadoras do elemento estatal. O fato de o Estado ser burguês ou capitalista, enfim, não é "culpa" do Estado. Da mesma forma que não se pode discutir, no futebol, com a torcida, não se pode culpabilizar o Estado por absolutamente nada, sequer promulgar o seu fim. Com isso, não defendo o Estado, nem descarto o anarquismo ou desconsidero que nunca tivemos democracia. Estou apenas situando um alvo impreciso, para que se torne mais preciso, palpável - PAPEL DO PENSAMENTO. No mais, veja só que coisa curiosa: a paciente melhorou. Melhorou por que? Porque ela própria enunciava uma REGRESSÃO que não era. Veja só se eu sou PSICANALISTA, veja só se sou PARTIDÁRIO de alguma teoria. É esse o ponto, caros colegas. Eu encararia o problema dela como uma regressão, seria capturado pela minha própria certeza. Por isso, o trabalho de psicoterapeuta requer, além de simplicidade, antes de tudo, desapego. A diferença existe de fato. Às vezes, tudo leva a crer que é uma coisa, mas é outra. Sendo assim, cabe o trabalho preliminar INVESTIGATIVO. O terapeuta é, antes de tudo, UM INVESTIGADOR. Durante a fase de investigação, ele intervem. Não é apático. Porém, o propósito de tratamento só vem depois do vínculo. Se o vínculo for impreciso ou enviesado por elementos institucionais externos, dados pela cultura, você já começa o trabalho errado. O pior é que no final acreditará que fez um bom trabalho e o paciente lhe agradecerá por ter saído curado. É pouco importante o final, é pouco importante que o paciente saia ou se sinta curado. A cura se dá pela verdade, ainda que o paciente não se sinta curado. E, se a verdade é impalpável, isso não retira a sua precisão.
ResponderExcluirLobão:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=EbcuQfvP2nk
Esta é de 1989:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=0UQrxDUvVW4