MICRO-MAIS: O CORPO-SEM-ÓRGÃOS
As linhas do delírio são as mesmas do desejo. Uma conexão aqui, outra aí, perfazem a construção de um sentido (ou mais que um ) para viver. Inevitável aderir ao acontecimento puro como aquilo que passa e não passa. Encravado nesse paradoxo, o sentido revela-se frágil: tomado numa superfície existencial regida por códigos fixos, sistemas fechados,cérebros mecânicos,cisternas abertas, políticas do eu, o que lhe resta é encetar linhas de fuga que façam explodir delicadamente as ilusões do cristianismo e das suas metástases elegantes. Ora, voltemos: as linhas do desejo são as mesmas do delírio. A questão é a do fazer: "nunca deixarão você experimentar em seu canto".
A. M.
Enquanto um paranóide cativa um rol de referibilidade, absorvendo, como uma bucha, tudo à sua trama, e um maníaco sobe em palanques para proferir discursos aclamados ou expor a público as suas partes íntimas; um esquizofrênico, a seu modo - e sempre a seu modo -, subtrai um código linguístico numa soma de nonsense, sendo capaz de revolucionar; se não estiver embotado.
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