CLÍNICA
Partimos do coletivo interiorizado em subjetivações. Desse modo, somos
todos multiplicidades expressando maneiras de ser. Crenças, crenças, de onde
vieram tantas? O cérebro é uma crença. Diga em que você acredita. Talvez no remédio para
o seu mal, no seu próprio mal, ou em
você próprio. Enfim, as crenças, tão
frágeis, tão poderosas, norteiam e fazem consistir o real. Entre
elas o delírio insinua-se como
tecido de sustentação para um eu
franzino. No entanto, é preciso viver. A
psiquiatria não quer isso. Ela só quer
sobreviver às
custas da reprodução de uma dependência abjeta aos seus remédios.São tratores da mente.
Desconsideram a finura existencial dos espíritos
livres. Anseiam por um mundo clean.
Ao contrário, há remédios não cadastrados
que impulsionam a mente para um desmentido radical. O corpo “essencial” é invisível e não capturável pelos ardis
da tecno-medicina. O coletivo é a
abstração concretizada na carne, onde
vasos, nervos, ossos e vísceras contém o infinito.Chame a aurora no lugar do médico. Confesse ao sol no lugar do psiquiatra. Brinque com a lua no lugar do hipnótico. Dá certo.
(...)
Antonio Moura - do livro Trair a psiquiatria
ói ele: http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=pIS6r9H1J3M
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