ARTE COMO ESTILO
(...) (...)O Encontro é antes de tudo uma produção do desejo de arte. Ou melhor, o desejo como arte precede a técnica. Mas, o que é a arte? Qual o significado da experiência da arte nesse percurso conceitual? Também poderíamos perguntar: como fazer arte? A arte é um estilo como também um exílio, um dom, uma potência de viver fora das normas prévias, inclusive as da linguagem verbal. Neste sentido, a clínica dos transtornos mentais, sob o atual paradigma (neuro-científico), nunca esteve tão distante da subjetividade do paciente. O paciente como subjetividade é um processo composto por linhas singulares que se misturam umas às outras. O sistema global dessas linhas compreende o que se chama de organismo, mais precisamente organismo visível. A medicina tecnológica referenda essa concepção exercitando a prova dos nove da patologia ao fazer “ ver” a doença ou até mesmo ver a “ sua causa” como nos exames por imagem, nas cifras de exames de laboratório, etc. São realidades clínicas úteis sem dúvida, mas que esbarram diante de linhas subjetivas abstratas, daí, sem formas. A arte pode ser considerada como o meio, a produção e o produto, a um só tempo, destas linhas singulares que compõem o paciente.
(...)
A.M.
No ambiente político, o comodismo é um APOIO. Quando alguém se acomoda a um pensamento ou determinada situação, ele está dizendo: "Olhe, estou de acordo com o que está acontecendo." Portanto, se O PROBLEMA vem de FORA, ele é o indicativo. Para quem? Para o pensamento. Ele indica para o pensamento a mudança. Se estou pensando de determinada maneira, que repercussões isso tem para o propósito, o alvo do pensamento? Como dizia Foucault, em Les Mots et Les Choses: "O impensado está no coração do pensamento." Falo de mudança de estratégia. Nesse âmbito, não se fala mais: "Estou certo." Eu sei. Nós sabemos que estamos certo. Mas, alguma coisa acontece? Se não acontece, que nova estratégia poderemos buscar?
ResponderExcluir