SINTOMA
O paciente carrega sintomas. O médico conversa com eles. Todo paciente é uma multiplicidade de sintomas, inclusive ele. O eu-sintoma se expressa por signos. Envia signos, não para serem decodificados, mas para criarem um mundo. Este mundo precisa de aliados, operadores de territórios. Então, o sintoma que a farmacoterapia alcança, “deve” ser substituído por territórios existenciais. Pode ser qualquer coisa, a mais insignificante. Caso não aconteça, o paciente vira o sintoma que vira o diagnóstico que não vira mais . Isso fecha uma ação redundante sobre si mesmo, um sistema fechado. Como Ilya Prigogine, acreditamos nos sistemas longe do equilíbrio onde rearranjos da matéria afirmam universos virtuais . Desse modo, sintomas podem ser usados como trampolins psíquicos, disparadores de processos vitais. A psiquiatria, ela própria, é um sintoma, ou um analisador da sociedade industrial. Extingui-lo seria extingui-la. Isso não é (ainda) possível face às atuais correlações de forças . No entanto, reutilizá-la em pedaços dispersos para uma clínica a se inventar... como fazer?
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A.M.
Se os Transtornos de Personalidade existem, o que é personalidade?
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