segunda-feira, 25 de junho de 2012

A PSIQUIATRIA  NÃO  SABE  DAS  PSICOSES

Estudar as  psicoses implica em tocar nas questões  fundamentais da  psicopatologia. Vejamos  porque.   O que  é  hoje considerado  psicose  se  aproxima do que  antes era  chamado  loucura.  No entanto, o conceito de psicose  é  impreciso.Tal  imprecisão atravessa  a  história  da psiquiatria. Por que  um tema tão importante recai numa insuficiência conceitual? Tudo remete à questão do diagnóstico, que  é por onde se  dão as  ações terapêuticas (práticas) da  psiquiatria.  Mesmo mal diagnosticada (será  uma psicose?  que  tipo?)   há  que  se intervir concretamente,   pois  o psicótico  incomoda  à  Ordem. Mas, afinal, o que  são as psicoses? São  síndromes psicopatológicas graves. Elas  se caracterizam sobretudo por uma ruptura do paciente- em maior ou menor  grau com a Realidade. Seus sintomas incluem basicamente  delírios, alucinações, alterações  do eu, da afetividade e do comportamento social.O rompimento  com a Realidade é acompanhado por  situações  sociais de constrangimento, onde  o rechaço e a humilhação encontram no hospital psiquiátrico o exemplo da  prática  de segregação cientificamente respaldada. Já  que  o conceito clínico de psicoses é impreciso, sua  etiologia (estudo das  causas) também o é.O campo das  psicoses é muito rico em   manifestações clínicas e em  pesquisas teóricas. No primeiro caso, há que  diferenciar as psicoses dos  vários  quadros patológicos não-psicóticos. No segundo, o trabalho conceitual usa  aportes de  campos diversificados do conhecimento, tal a  sua complexidade.
                     O tratamento  das psicoses está  condicionado às  hipóteses etiológicas do quadro psicopatológico visado, e às  singularidades do paciente.

A.M.

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