sábado, 23 de junho de 2012

"ATIRE EM TUDO QUE SE MEXER"

(...) (...)A loucura é o limite-absoluto da  psiquiatria. A partir do século XIX passa  a ser  a esquizofrenia. É uma entidade clínica  multifacetada e  com  expressões afetivas no mínimo assombrosas. Além disso, ninguém sabe ao certo o que  sente (ou sofre) um esquizofrênico. Seus  afetos não se traduzem  num   sentimento  único de estar doente. Para  responder a essa “ignorância”  clínica,  os  aparelhos de captura lançam mão da  “necessidade de exclusão” como axioma. “Não sei  o que  ele sente, daí  nada  posso fazer  senão excluir”. Não só a exclusão  pela via do hospital, mas a  exclusão-sem-muros, a exclusão incluida  em manuais  técnicos e praticada  como clínica  do cérebro. Falamos  de  um modelo abstrato que governa  a psiquiatra e suas práticas sem que o psiquiatria  disso  saiba. Ele também é um  produto...
(...)
A.M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário