sexta-feira, 22 de junho de 2012

ESQUIZO-ENTREVISTA – 18/05/2012

O seu livro não é científico.
De fato, não houve  pretensão de sê-lo.

Se não é científico, onde está a verdade?
A  Verdade da Ciência não é a Única...

Por que ataca a psiquiatria?
Porque ela pôs a cara desde há pelo menos 300 anos. Questão estratégica. Além do mais, sou psiquiatra.

Não entendi.
Por  ser psiquiatra, falo de um certo lugar, ou melhor, do lugar certo para falar.

Continuo sem entender.
É simples: pense numa espécie de autocrítica sem culpa nem ressentimento; pense como Dostoievski: memórias da casa dos mortos.

O que lhe moveu ao escrever?
Muitas coisas. Talvez uma das maiores foi o desejo de afetar técnicos não psiquiatras em prol de linhas de pesquisa fora do enquadre psiquiátrico.

Como é o seu diálogo com os psiquiatras?
Não existe.

Por que?
Porque a instituição psiquiatria é poderosa e capturou  quase todos.

Mas, você é psiquiatra.
Sim, psiquiatra e... muitas outras coisas... multiplicidades...

Mais uma vez não entendi.
Não é para entender mesmo.

Obrigado.
Não há de que.

A.M.


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