segunda-feira, 18 de junho de 2012

A  MATERIALIDADE  DO ATO CLÍNICO

(...) (...) Assim,  não só o louco é  convertido à categoria de doente  e  o não doente  convertido à categoria de louco, mas a psiquiatria   converte-se à   ciência e faz um  trabalho de rescaldo social.  O  que está em jogo   não é o psiquiatra-pessoa. Este obedece, só obedece  (mesmo  sem saber). A questão  é outra. São as relações institucionais, a materialidade do ato clínico. O eu-consciência sustenta a psicopatologia.Hoje, a equação se alarga. Temos eu=consciência=cérebro, base ontológica para se passar remédios. Na ausência  de   uma teoria  psiquiátrica  da subjetividade,  quem responde ao psiquiatra é o “eu-consciência-cérebro”. Este é  o“sujeito”.Eu-consciência para o manejo psicoterápico cognitivista. Cérebro para o farmacológico, não necessariamente  nesta ordem.    
(...)
A.M.

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