sexta-feira, 1 de junho de 2012

O PROBLEMA DA "CONSCIÊNCIA"

A consciência  em psicopatologia  captura  o paciente  como  ser   responsável. Este  é  o ponto  de inflexão da clínica psiquiátrica no sentido de obter motivos  para  intervir com os fármacos. Persiste o julgamento do  paciente  encoberto pela  razão científica.Tal situação é derivada  da  concepção dualística. Mente de um lado, corpo do outro.Ora,a consciência é menos a causa e mais a condensação dos efeitos de vários  fatores  atuando em interação constante. Estes compõem  um  amplo  espectro de manifestações que  ultrapassa a  órbita  da  patologia para  situar a vivência da  consciência alterada como a imagem que se  produz  subjetivamente na organização  do  momento atual. Fluxos de dentro do organismo (uma  infecção, por  ex.) e  de fora (uma  agressão  verbal)   tornam a consciência  dotada  de uma instabilidade só mantida em condições de interagir  com o  mundo às custas  do  eu. Ora, se este é uma função, falar  de  consciência  é  falar  do  eu, pois  é  ele quem organiza as ações  de uma subjetividade lastreada pela identidade, unidade, atividade e divisão   mundo interno/mundo  externo. 
(...)
A. M.

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