quinta-feira, 14 de junho de 2012

SEM CONCESSÕES

Não adianta decidir mudar tudo, porque tudo sempre vai permanecer como está. Também não adianta querer deixar tudo como está, porque tudo sempre vai mudar. Tudo sempre vai continuar como está: mudando, mudando, mudando. Não tem colher de chá! A vida não dá sossego e o devir está se lixando pro que chamamos decisão.
(...)
Orlando in Doses bárbaras - do livro Nietzsche e Deleuze - o que pode o corpo (vários autores)

Um comentário:

  1. Discordo. Quer dizer, concordo em parte. Não concordo com a linha argumentativa. Ou seja, a frase final, que a vida e o devir está se lixando para o que chamamos de decisão. Entendo que há uma tentativa de romper com o humanismo. Nessa parte, concordo. Contudo, acho que o argumento deveria ser o fato de que vivemos, no máximo, 100 anos. Rapaz, isso é muito pouco para a história da humanidade. E, menos ainda, se relacionarmos com algumas espécies de vida campeãs de sobrevivência no quesito evolucionista, como é o caso do crocodilo. Acreditar que nossa decisão faz muita diferença em 60 anos, é complicado, se considerarmos a vida nesse patamar. Mas, em relação às outras pessoas (que também estão vivas), podemos dizer que uma decisão precisa é bastante relevante. Pelo menos, retarda o fim do mundo.

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