sábado, 2 de junho de 2012

SUBJETIVIDADE A-SUBJETIVA

A subjetividade-está-no-mundo.Tal assertiva fenomenológica serve  de  ponto de apoio  para   uma  clínica em produção, em movimento, e não  como  produto final.  É  fato    que  a  psiquiatria, tomada   em seu  percurso epistemológico, nunca  formulou  uma  teoria  da  subjetividade. Talvez,  na   vertente  jasperiana, haja  um esboço  do que   estamos nos  referindo, ao  se   falar  do  eu   e   de   suas  alterações. Mas é muito escasso  se considerarmos agama de condutas  ditas  psicopatológicas  que  figuram  na  CID-10, cap. F. Neste sentido,  uma  pergunta  se impõe: o que  é o “psíquico”?  Ora, a subjetividade ultrapassa o “psíquico”. O “psiquismo”   padece  de versões  marcadas por uma espécie de “interiorização” do universo  subjetivo que  permaneceria estático, ou  pior,  jogado às alturas do imaginário, espécie de  epifenômeno sobrevoando o que se considera  matéria. Entretanto, se nos basearmos   no  tempo, tudo  muda.  Tal  universo não estará  apenas voltado para fora, mas será  o Fora. Não  mais  formas  estáveis  ou  substâncias  formadas. Isso  é  o Fora, ou  seja,   o Caos   (5).  Pensar  o “subjetivo” de  tal   perspectiva   é  incluir   o  tempo, a passagem, a “durée”, ao estilo bergsoniano.Portanto convém não falar em “subjetividade” mas  em  “processos subjetivos” ou “modos  de  subjetivação”.
(...)
A. M.

Um comentário:

  1. Descarto completamente esse conceito, ainda mais agora, lendo aquele livro de Foucault (Governo de si e dos outros) que comprei na ocasião do Lançamento do Trair.

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