SUBJETIVIDADE A-SUBJETIVA
A subjetividade-está-no-mundo.Tal assertiva fenomenológica serve de ponto de apoio para uma clínica em produção, em movimento, e não como produto final. É fato que a psiquiatria, tomada em seu percurso epistemológico, nunca formulou uma teoria da subjetividade. Talvez, na vertente jasperiana, haja um esboço do que estamos nos referindo, ao se falar do eu e de suas alterações. Mas é muito escasso se considerarmos agama de condutas ditas psicopatológicas que figuram na CID-10, cap. F. Neste sentido, uma pergunta se impõe: o que é o “psíquico”? Ora, a subjetividade ultrapassa o “psíquico”. O “psiquismo” padece de versões marcadas por uma espécie de “interiorização” do universo subjetivo que permaneceria estático, ou pior, jogado às alturas do imaginário, espécie de epifenômeno sobrevoando o que se considera matéria. Entretanto, se nos basearmos no tempo, tudo muda. Tal universo não estará apenas voltado para fora, mas será o Fora. Não mais formas estáveis ou substâncias formadas. Isso é o Fora, ou seja, o Caos (5). Pensar o “subjetivo” de tal perspectiva é incluir o tempo, a passagem, a “durée”, ao estilo bergsoniano.Portanto convém não falar em “subjetividade” mas em “processos subjetivos” ou “modos de subjetivação”.
(...)
A. M.
Descarto completamente esse conceito, ainda mais agora, lendo aquele livro de Foucault (Governo de si e dos outros) que comprei na ocasião do Lançamento do Trair.
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