quinta-feira, 14 de junho de 2012

VIAJANTES DO PENSAMENTO

(...) (...) Já  o delírio crônico é uma forma  clínica  em que  a  organização subjetiva  se mantém sem déficit cognitivo. São os casos, antes discutidos  pela  psiquiatria  francesa,  chamados   de  “delírios  passionais ou de reivindicação” e “delírios de interpretação”. Na  CID-10   compõem o item   “transtornos  delirantes persistentes”, capítulo da esquizofrenia. A  ideação delirante  se  desenvolve  ao longo de  meses ou  anos, e até por  uma vida  inteira. A gravidade psicopatológica  varia   com as   contextualizações  histórico-vitais  de cada caso.Por exemplo, há pacientes  cuja integração  social ainda é  possível enquanto  outros apresentam dificuldades. Isolam-se. De  todo  modo, a manutenção  da  capacidade  cognitiva  faz  por  colocar  esses pacientes  em situações peculiares, insólitas,  no dia-a-dia,  já   que,  conforme  o senso  comum, ”parecem que  não são  loucos mas  o são”. Essa é  uma marca semiológica  distintiva em relação aos  quadros  esquizofrênicos, cujos pacientes  acabam por  não produzir socialmente.  
(...)
A.M.

Um comentário:

  1. Sou um esquizofrênico. Astronauta de mármore. Ainda não cassaram meu CRP. Não fiz nada de errado. Mas poderiam inventar alguma coisa. Enquanto isso, "desculpe estranho, eu voltei mais puro que o céu".

    http://www.youtube.com/watch?v=hJy-6Ucvtjg&feature=related

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