DA EXPERIÊNCIA POÉTICA
(...) (...) Ao sondar o verso, o poeta entra nesse tempo de desamparo que é o da ausência dos deuses. Fala surpreendente. Quem sonda o verso escapa ao ser como certeza, reencontra os deuses ausentes, vive na intimidade dessa ausência, torna-se responsável dela, assume-lhe o risco e sustenta-lhe o favor.Quem sonda o verso deve renunciar a todo e qualquer ídolo, tem que romper com tudo, não ter a verdade por horizonte nem o futuro por morada, porquanto não tem direito algum à esperança, deve pelo contrário, desesperar. Quem sonda o verso morre, reencontra a sua morte como abismo.
(...)
M. Blanchot - do livro O espaço literário
O Cavaleiro das Trevas ressurge:
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